sexta-feira, março 12, 2010

Dez anos depois do crash do Nasdaq

(Notícia do EXPRESSO Online)
Duas derrocadas sucessivas a 11 e 28 de Março de 2000 na bolsa do Nasdaq em Nova Iorque marcariam o fim da euforia das dot.com, de uma das mais exuberantes 'bolhas' tecnológicas. Contudo, a década não se ficaria por uma só bolha e um só crash. O padrão repetiu-se. Carlota Perez, uma investigadora de Cambridge, explica as razões intrigantes desta sucessão de euforias e pânicos em apenas dez anos.

Hoje, 11 de Março, "comemora-se" o início do crash do Nasdaq. A derrocada da bolsa nova-iorquina das empresas tecnológicas ocorreria a 11 de Março de 2000 e depois a 28 do mesmo mês, e finalmente entraria num plano inclinado, sem retorno, depois de 14 de Abril.




No início de 2000, a euforia em torno da "Nova Economia" e das dot.com continuava apenas com pequenos beliscões, a que ninguém ligava. Uma multidão de gurus, de chefes de empresa, de empreendedores e de jornalistas continuava a viver um sonho. Kevin Kelly, o fundador da revista de culto Wired, falava, a partir do Silicon Valley californiano, de uma ruptura com as revoluções industriais anteriores e cantava a epopeia dos "imensos jovens empreendedores de 20 anos do Vale a valerem mais de meio bilião de dólares" quase do dia para a noite. Ele inventou dez mandamentos da Nova Economia que seriam repetidos pelos crentes.



A AOL - American on Line -, uma das estrelas da época, resolvia adquirir em Janeiro a Time Warner, um gigante dos media e do entretenimento. Viria a revelar-se um fiasco, mas, na altura, quase ninguém arriscava dizê-lo. A Yahoo, outra das estrelas da era Internet, atingia um máximo no Nasdaq (a bolsa das empresas tecnológicas em Times Square, em Nova Iorque) com as acções a venderem-se a mais de 400 dólares.



Rumores de derrocada





Apenas uma minoria de analistas, a contracorrente, avisava que o Nasdaq estava a chegar a um pico e que a "exuberância irracional" (como lhe chamara Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal americana, em Dezembro de 1996), esse monstro de valorizações absurdas das dot.com, geraria o seu contrário: uma derrocada bolsista monumental.



O fiasco do chamado bug do milénio (conhecido por Y2k) deixou muita gente chocada e o flop do comércio electrónico no Natal de 1999 gerou muitas dúvidas sobre a ascensão meteórica da "nova economia".



Em Fevereiro de 2000, os rumores de crash iminente na bolsa das tecnológicas nova-iorquina avolumavam-se, como então o Expresso noticiou , face à incredulidade dos homens do capital de risco (venture capital, na expressão em inglês que ficou célebre), dos empreendedores da economia digital, celebrizada por Don Tapscott, ou dos futuristas optimistas, como Harry Dent e Peter Schwartz.



Num estudo posterior ao crash, de Tessaleno Devezas, Harold Lindstone, e Humberto Santos, referia-se que, no espaço de trinta anos, no período de uma geração, a infra-estrutura da Internet passara dos primeiros passos em 1969 (com a Arpanet) para o seu pico em 1999 (uso do Protocolo Internet v6), sendo previsível que se passasse de "fase" e que uma correcção drástica nos activos ocorresse.



Casos, como a emergência da Google (que, em seis anos, desde que entrou em bolsa em 2004, passou a valer quase tanto como a mais "velhinha" Apple) e a difusão das plataformas de redes sociais mais recentes, são já filhos dessa nova fase.



Março negro





Os dias do apocalipse tecnológico ocorreriam a 11 de Março e depois a 28 de Março, numa dupla assinatura inesperada. O índice do Nasdaq saltou de 2600 pontos em Abril de 1999 para mais de 5132,52 pontos no pico histórico durante a sessão de trading 10 de Março de 2000. Depois desceria, mas voltaria a subir até aos 5040 pontos a 27 de Março, criando a ilusão de que a derrocada inicial teria sido passageira, em "V". Mas, mortiferamente, a partir de 28 de Março voltaria a cair espectacularmente até 14 de Abril (34% em duas semanas e meia), e até ao final do ano num processo em ziguezague, fechando nos 2251,7 pontos.



A quebra do Nasdaq no dia 14 de Abril foi de 10%, a quarta maior da história das bolsas americanas num só dia. Os maiores pânicos financeiros diários em Wall Street até à data foram a 19 de Outubro de 1987 (a célebre Black Monday) e em 19,28 e 29 de Outubro de 1929 (datas ordenadas por ordem decrescente da dimensão da queda bolsista). Na mais recente crise financeira de 2007/2009, a maior queda diária em Wall Street ocorreu a 15 de Outubro de 2008, durante o pânico financeiro, e foi de 7,87%.



Um caso de estudo





A velocidade da derrocada do Nasdaq ainda hoje é um caso de estudo. A quebra seria de 56% em apenas dez meses, enquanto, no mesmo período na crise de 1929/1930, a queda seria de 31% e, entre Outubro de 2007 e Julho de 2008, na primeira fase da crise recente, foi apenas de 18%.



Entre o pico da bolha do Nasdaq em Março de 2000 e o ponto mais baixo desta crise em 9 de Outubro de 2002 - quando o índice tecnológico atingiu 1114, 11 pontos - a derrocada somou quase 80%.



Segundo os cálculos da altura do analista Peter Cohan, a destruição de valor durante esta derrocada teria atingido os 6 triliões de dólares (quase 7 biliões de euros, ao câmbio da altura), 60% do PIB americano naquele ano. Quase dez anos depois, o Nasdaq ainda está abaixo dos 2300 pontos, no patamar em que fechou o ano de 2000.



Durante a euforia das dot-com, o rácio do preço das acções em relação aos ganhos (designado em inglês por P/E, price earnings ratio, ou simplesmente por múltiplo) no conjunto das 500 empresas cotadas incluídas no índice da Standard & Poor's (que abrange todas as bolsas americanas) havia chegado a valores superiores a 44, acima dos 32,5 que atingira em Setembro de 1929 (ver quadro I em anexo ), como então o sublinhou Robert Shiller, o académico de Yale que publicaria em Abril de 2000 um livro marcante, precisamente intitulado "Exuberância Irracional".



No caso do Nasdaq, o múltiplo atingiu em 1999 mais de 200 e em 2000 ainda estava nos 125! Shiller disse-nos, então, em entrevista ao Expresso , "que não havia paralelo". O volume de negociação no pico do Nasdaq chegou a atingir o dobro do que ocorria no New York Stock Exchange, onde estavam cotadas as empresas da "velha economia".



As duas bolhas seguidas





Mas o que parecia estar enterrado em finais de 2001 voltou a renascer das cinzas, não no Nasdaq, em Times Square, mas nas bolsas tradicionais em Wall Street, na baixa de Manhattan. O índice Dow Jones, depois da quebra de 2001, subiria ao máximo histórico de quase 14100 pontos em 15 de Outubro de 2007, segundo a Barron's.



Carlota Perez, investigadora em Cambridge, no Reino Unido, especialista em ciclos tecnológicos, fala de um padrão de duas bolhas associadas nesta última revolução das tecnologias de informação. Uma primeira fase de "instalação" em que a exuberância irracional campeou pelas novas empresas tecnológicas, alimentando uma primeira bolha e depois uma derrocada, a que se seguiu alguns anos depois (menos de uma década) uma bolha financeira e um crash mais amplo e global.



Mas a seguir a essa tormenta de duas derrocadas, poder-se-á seguir o bom tempo, uma fase de "posicionamento" e "maturidade" da nova tecnologia, uma era de ouro. A investigadora garante, com optimismo, que estamos em transição para essa era, ainda que admita que se fique por algo menos radiante, meramente "dourado": "Esse é o perigo que corremos hoje". Se não forem adoptadas medidas de contenção da financeirização e de prioridade ao capital produtivo, diz a investigadora na entrevista que nos concedeu (que pode ser lida aqui em inglês ).



Ao fim destas duas tormentas há um grupo de líderes da revolução tecnológica iniciada nos anos 1970 que parecem consolidar-se (ver quadro II em anexo ). A Amazon surge como a empresa internet com maior múltiplo de valorização e a Microsoft, apesar dos "ataques" de uma renovada Apple ou da emergente Google, consegue manter-se no topo da capitalização bolsista, ainda que com um múltiplo muito mais baixo.



Atracção fatal





O que hoje parece absurdo é como no espaço de uma década os investidores caíram na mesma armadilha duas vezes. Da primeira vez, entusiasmaram-se com uma tecnologia espantosa, uma inovação "básica", como lhe chamam os especialistas em tecnologia. Da segunda vez, seguiram o filão da especulação imobiliária.



Nos dois momentos, houve sempre um mesmo padrão de comportamento que funcionou como uma atracção fatal: o cheiro da realização de ganhos financeiros rápidos. O pano de fundo: uma vaga de financeirização sem paralelo desenrolou-se ao longo de duas décadas.



Primeiro, no final dos anos 1990, em torno das entradas em bolsa das start-ups da nova economia. E, num segundo andamento, no final da década de 2000, através de um processo de alavancagem inacreditável realizado com veículos financeiros (alguns deles sairiam do anonimato em meados de 2007, como o famoso subprime) assentes numa onda de inovação financeira ("algo sem paralelo", sublinha-nos Carlota Perez), na bolha imobiliária e nas benesses dadas por Alan Greespan com uma taxa (de juros) directora da Reserva Federal a valores muito baixos entre 2002 e 2004.



Em termos reais, as taxas de curto prazo, nos EUA, desceram abruptamente de 5% em meados de 2001 para 0% em meados de 2002. O incentivo a um comportamento de alto risco não poderia deixar de acontecer.



O papel crucial destes novos veículos financeiros - que subitamente se tornaram nomes ou siglas mediáticas, como subprime, MBS, SIV, cds, etc. - continua hoje a ser estudado e gera polémica. Gary A. Dymski, professor de Economia da Universidade da Califórnia, em Riverside, salientou inclusive que esta crise financeira recente é distinta das anteriores do século XIX e XX em virtude justamente do papel destes novos veículos.







Do animal spirits à arritmia cíclica





O comportamento aparentemente "irracional", que vimos repetir-se durante estes dez anos, é a fase visível do mecanismo de pensamento e acção das multidões e nasce de uma pulsão para a euforia e o pânico típicos do animal spirits que cada um de nós tem. O credo que se repete é sempre o mesmo: "desta vez é diferente".



Por isso há como que uma "clonagem" sempre que as circunstâncias são propícias à especulação financeira, apesar das lições da história. Só uma minoria se lembra da sua própria experiência ou de gerações anteriores, e sai a tempo, antes do pânico.



Historicamente este padrão de comportamento é sempre narrado ex post. Mas a história económica (bem como outras dimensões da história) é arrítmica. O padrão é cíclico, mas desenvolve-se, primeiro, sem grande ruído, e, depois, apanha-nos de surpresa. As quebras são sempre súbitas, abruptas, precipitadas e inesperadas. As suas causas profundas são, anos ou décadas mais tarde, descritas com facilidade pela pena dos historiadores económicos, mas as crises são provocadas por factos aparentemente irrelevantes ao senso comum.



No início de 2000, misturaram-se coisas a quem ninguém ligou, como o fiasco do bug do milénio, a desilusão com o e-commerce natalício e a estupefacção com a compra da Time Warner pela AOL. Em meados de 2007 seriam umas peripécias em torno de um veículo financeiro desconhecido, o subprime. Só algumas mentes a contracorrente viram nesses sinais, sinais de crise. Simplesmente, nunca têm massa crítica para hegemonizar o estado de espírito dos meios profissionais e da opinião pública.

3 comentários:

rui seybert p ferreira disse...

É de louvar o 'soul searching' que anda aí em livros e na imprensa sobre as razões que levaram à implosão dos mercados financeiros.

Mas eu acho as questões expostas, falsas questões.

Bolhas especulativas vai haver sempre. Está na natureza humana querer acreditar no ganho fácil, e necessitar mesmo de o fazer. De acreditar em tempos eternamente bons e que curvas de enriquecimento têm uma constante sempre positiva. Uma vez bem lançada, qualquer fests só acaba, quando acaba a sangria.

O que me espanta não é a credulidade de tantos investidores. Também não me espanta a decisão de tantos gestores de topo, em não saírem a tempo ou dizerem que é preciso mudar de modelo de negócio. Todos os sistemas de reporte e de supervisão a que estão sujeitos, obrigam-nos a 'dançar'enquanto 'toca a música'.

Ainda não soube de nenhum gestor ou político que tivesse feito carreira, dizendo que é preciso deixar de apostar em ganhos e lucros e mudar a maneira de actuar ou pensar...=)!

O que me verdadeiramente me choca é o total falhanço das autoridades reguladoras, e a começar pelas americanas, em identificar comportamentos deshonestos, abusivos, manipulativos e somente superficialmente tecnicamente correctos.

Como explicar a absorção hipotecária sem limites dos bancos hipotecários federais FannieMae? Como exlicar a carteira de investimento destes bancos completamente incestuosa, que nada tinha a haver com o seu negócio autorisado pelas suas 'charters'?

Como explicar a aprovação da companhias de 'rating' das SPV's com ratings AAA e das suas linhas de financiamento de emergência com os seus bancos promotores?

Como explicar a concentração de quase todo o risco subprime na AIG via CDSs? Como é possível que a entidade reguladora dos seguros não analisou a relação incestuosa entre a AIG e a sua subsidiária AIG Financial Products? A AIG tinha e continua a têr negócios perfeitamente credíveis e rentáveis. Aliás vê-se como os estão a vender sem problemas. Foram uma centena de executivos oportunistas que abusaram dos activos estáveis da AIG para fazerem fortunas via linhas de derivados colateralizadas nos activos da AIG...

Como explicar a falta de entendimento pelo FED, do efeito na liquidez do mercado da colateralização maciça das linhas de exposição para transacções de derivados?

Estas são as verdadeiras questões. E são estas questões que se podem resolver.

Não se pode resolver a psicologia humana, nem tão a psicologia de rebanho dos mercados.

O jogo do andar à roda das cadeiras, tirando uma de cada vez sempre que para a música, é a essência do capitalismo e também a sua grande força autodisciplinadora.

A função da regulamentação é de aumentar a duração de cada período de música. Mas nunca vai poder evitar que a música pare de vez em quando. E vamos ser honestos. Desde os primórdios da actividade económica humana, temos tido música a tocar durante períodos cada vez mais longos. Temos cada vez mais riqueza numa base alargada, a passar de geração em geração. Esse é o enriquecimento saúdavel e sustentável de que precisamos e que o capitalismo regulamentado oferece.

Humberto disse...

Caros,

Gostei muito de ler o artigo apesar de nao ter encontrado nenhuma resposta ou justificação diferente aquela que já conhecemos.

Efectivamente os EUA são um país onde há loucuras para tudo e mais alguma coisa. A loucura das dot.com penso eu que ainda nao acabou e como exemplo disso temos as acções do google que começaram nos 100$ e atingiram valores de 600$ por acção. Agora sejamos francos o mercado auto segurou-se ora se um empresa dot.com tinha uma capitalização bolsista no valor de 1 milhão de dólares e com a loucura tenha valorizado para 100 milhões e posteriormente com a queda da bolsa tenha passado para um valor de 500 mil dólares então a perda real foi de 500 mil e nao de 999 500 mil dólares. Quem perdeu foram os investidores que foram atrás do rendimento elevado, mas o risco está sempre associado a estes investimentos. Se efectivamente havia analistas com opiniões contrárias à maré então os investidores deveriam de ter isso em conta. A meu ver bolhas irão existir até porque é uma forma que os especuladores tem de ganhar dinheiro. O curto prazo é algo que envolve muito risco e que tem inerente estas bolsas. A ganância e as estratégias agressivas seguidas por alguns fundos e investidores terão que se mentalizar que a qualquer momento podem perder tudo.

Este estudo deveria de focar o lado da psicologia dos investidores para compreender um pouco melhor o que se passou assim como o lado de quem ganhou fortunas com estes crash's.

Um lado que eu raramente vejo focado nas notícias é o daqueles que de um dia para o outro ficaram milionários ou bilionarios. Talvez fosse interessante seguir as pisadas destes players para compreender melhor os crash's ou até antever.

A meu ver o mercado irá ter bolhas continuamente enquanto procura algo novo para alimentar a ganância dos investidores.

rui seybert p ferreira disse...

O que me fez contribuir mais a sério para este blog do meu amigo José, foi o que ele me mandou por SMS e que acho que ele devia expôr em qualquer lado como 'leitmotif' do seu blog:

"Trata-se de um espaço de liberdade. Acredito na bondade da discussão franca e aberta de espíritos livres."

Assim sendo, vou-me permitir comentar o comentário do Humberto.

Especuladores pertencem a uma economia de mercado ineficiente como o peixe pertence à água.

Enquanto tivermos mercados vamos ter especuladores e ai daquele que quiser viver sem eles.

Os especuladores são o óleo e as válvulas de escape da máquina económica. Temos que engolir em seco quando vemos alguém ganhar milhões e biliões, pois precisamos dele. Mais vale lembrar o risco que correu e que nós não teriamos corrido e de que, o que ganhou pode perder na próxima aposta e que por cada um que ganha muito, há dezenas que perdem tudo.

Mas sem especuladores, não haveria bid/offers suficientemente apertados para entretanto se concretizar muita actividade económica de médio e longo prazo. Viviamos no marasmo das economias planificadas aonde só junto de especuladores se podia encontrar o que se queria. Aí sim havia especuladores e como só havia 'bids', estes ganhavam sempre...

O que temos é criar condições legais, e temos algumas, para que todos que queiram especular estejam no mesmo barco e gozem das mesmas informações e condições. Assim a especulação traduz-se não pela arte da manipulação mas pela análise intelectual de uma oportunidade. Assim o fez o Soros especulando contra a Libra e recentemente um hedge fund, do qual me esqueci o nome, que estava carregadíssimo em puts e shorts sobre o mercado subprime nos EUA. Foi o hedge fund mais rentável de 2008 e fez com que muitos que contribuiram para essa bolsa, acabassem por pagar caro. Ainda não vi ninguém a ser acusado pela SEC de NY por têr inflacionado o mercado 'subprime'. Ainda nenhum broker de hipotécas irresponsáveis foi para a prisão....

E é isto que queria dizer. Não gosto de vêr, como se culpam 'especuladores' por tudo e por nada. Como beneficiamos da economia de mercado, mas não queremos viver com alguns aspectos que nos custam mas são a realidade e uma essência para se têr o bom deles.

É como o primeiro ministro da Grécia que culpa especuladores pela tragédia do refinanciamento da dívida grega. A UE tem que acabar com eles! Pois é, um Estado anda a manipular estatísticas públicas durante anos mas os especuladores é que são os maus.

São tão maus como a minha professora de primária que me dava com a régua quando me enganava na tabuada. Doía, mas foi eficiente para a altura...mas espero que não tenha sido sádica e gozado com isso. Os especuladores, esses sim, festejam as suas vitórias.

Prof: Vai um workshop sobre teoria de mercados? Abraço Rui