terça-feira, junho 22, 2010

Clube da bancarrota: Portugal voltou a entrar

(Notícia do Jornal EXPRESSO)
Apesar da intervenção do FMI e de Bruxelas em Atenas, a Grécia subiu ao 2º lugar do TOP 10 mundial do risco de default da dívida soberana. Portugal voltou a entrar no clube ao final da sessão da tarde.
Foi sol de pouca dura, de novo. Portugal, ao final da sessão da tarde, voltou a reentrar no TOP 10 mundial de probabilidade de default (incumprimento da dívida soberana), de onde havia saído no dia 18 de Junho. A percepção de risco é, agora, de quase 23% e o país encontra-se em 10º lugar.
Grécia em 2º lugar

Desde 17 de Junho que a Grécia tem assistido a um movimento de subida da sua probabilidade de default (incumprimento da dívida soberana), apesar da intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de Bruxelas.

Atenas subiu para o segundo lugar no TOP 10 mundial deste risco, monitorizado pela CMA Datavision, e tem-se mantido, assistindo ao aumento gradual da probabilidade de default que, no final da sessão da tarde de hoje deste mercado financeiro, já atingiu mais de 52%.

O movimento de subida da Grécia tem sido acompanhado em particular pelo aumento da probabilidade de default de dois outros PIGS (acrónimo humorístico em inglês para o grupo Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha). A Irlanda e a Espanha voltaram ao foco negativo na percepção dos investidores para os próximos cinco anos. O "tigre celta" subiu, de novo, acima dos 20% de risco e Espanha está acima dos 19%.
Risco de instabilidade em Dublin

O risco de instabilidade no cenário político em Dublin fruto de sondagens recentes alterando profundamente o xadrez político, agravado pela necessidade do sistema financeiro ter de arranjar o equivalente a 50% do PIB irlandês deste ano para refinanciar a dívida que chega à maturidade, estão a deixar os investidores internacionais nervosos.

As múltiplas notícias e rumores sobre a situação de eventuais perdas da banca espanhola (€99 mil milhões até 2012 , segundo a Standard & Poor's) devido à crise imobiliária local e sobre os resultados dos testes de stresse a esse sistema bancário são lenha para a fogueira na percepção negativa dos investidores.

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