segunda-feira, julho 05, 2010

Rogoff acredita na necessidade de resgate da Espanha pelo FMI

(Notícia do Jornal de Negócios)
Mesmo que o Governo espanhol afirme que não há necessidade de o país recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o ex-economista chefe do Fundo, Keneth Rogoff, acredita que este acabará por intervir.
Mesmo que o Governo espanhol afirme que não há necessidade de o país recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o ex-economista chefe do Fundo, Keneth Rogoff, acredita que este acabará por intervir.


Para Rogoff, o Governo espanhol não é capaz de tomar as medidas necessárias por si mesmo, por mais ideal que isso fosse. A probabilidade de o FMI intervir revela-se então bastante elevada, sendo até vista como a última salvação do país para sair da actual crise. E, caso a Espanha recuse esta ajuda, o resultado será, para Rogoff, desastroso, segundo “Expansión”.

O chefe do FMI entre Agosto de 2001 e Setembro de 2003 afirmou, em declarações ao “Expansión”, que muitos dos ajustes que o Executivo liderado por Zapatero, realizou nas últimas semanas são razoáveis, apesar de chegarem com alguns anos de atraso. E questiona se o Governo estará disposto a assumir o custo político de um cenário de crescimento lento que se espera para o futuro.

O fantasma do resgate da Grécia é quase uma realidade palpável para Rogoff, que acredita que a União Europeia deve estabelecer um limite para a dívida espanhola. Caso contrário, o medo da falência poderá espalhar-se pelos países da Zona Euro.

Não é apenas a Espanha que caminha para o abismo, mas sim todos os países da região. Para Rogoff, todos os países europeus entrarão numa situação de risco até se tomarem decisões. Se a Europa continuar a não intervir e a hesitar como tem feito, não só a Espanha será ameaçada.

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