domingo, julho 11, 2010

Krugman admite saída de Portugal do Euro

(Notícia do Diário Económico)
O Nobel da Economia acredita que a Grécia vai ser forçada a abandonar a zona euro, arrastando consigo Portugal.
"Não ficaria surpreendido de ver um ou dois países serem forçados a sair do euro. Creio que há uma possibilidade plausível de que a Grécia se veja obrigada a sair [do euro] e esse contágio provocaria sérios problemas em todos países, especialmente em Portugal, e logo depois possivelmente Espanha e Irlanda ficariam enredadas", afirmou Paulo Krugman, em entrevista à imprensa espanhola, citada pelo 'El País'.


Porém, o economista não prevê o colapso da Europa, afirmando que "ficaria surpreendido se a França, a Alemanha ou os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) não se mantivessem agarrados à moeda única num futuro mais imediato".

O também colunista do The New York Times antecipa ainda um longo período de baixo crescimento da economia mundial sem criação de emprego, tecendo duras críticas à decisão dos países do G20 de sujeitarem-se a objectivos de redução do défice orçamental assentes num modelo de espartilho orçamental.

"Foi algo escandaloso dado que o estado da economia mundial encontra-se muito longe de estar recuperado".

Nesse sentido, o professor da Universidade de Princeton aponta o dedo à Alemanha, criticando a política de austeridade avançada pelo Governo de Angela Merkel.

O Executivo de Berlim "está a adoptar uma posição que não só apenas não é boa para a Alemanha, mas que também é realmente má para a Europa", considera Krugman.

"A Alemanha está realmente a desempenhar um papel destrutivo", afirma. Tudo porque, explica, "parte do problema da zona euro é que há muitas vias de contágio, pelo que a austeridade de um país leva à depressão nas restantes nações".

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