terça-feira, setembro 21, 2010

ONU e governos não estão preparados para ameaças à segurança global

(Notícia do SAPO)
As Nações Unidas e os governos nacionais não estão preparados para enfrentar as actuais ameaças à paz e à segurança mundiais, destaca um relatório conjunto dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

"Devido à globalização, o que eram ameaças localizadas já não são controláveis a nível local", destaca o documento "Governo Global 2025", elaborado pelo Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos e o Instituto de Estudos de Segurança da UE.


Estas ameaças incluem conflitos étnicos, doenças infecciosas e atentados, além de uma nova geração de desafios globais, como as alterações climáticas, a segurança energética, a escassez de alimentos e de água, os fluxos de migração internacional e as novas tecnologias.

O documento completa que o sistema da ONU, das organizações internacionais e dos governos nacionais têm sido lentos para mudar e demonstrar a capacidade de enfrentar os desafios.

Exemplo de pandemia

O relatório imagina o cenário de uma pandemia em grande escala de uma doença infecciosa mortal em um país pobre ou de médio porte, para ilustrar a falta de preparo da ONU e dos grupos internacionais em fazer frente a uma ameaça múltipla à segurança.

As autoridades locais seriam incapazes de impedir que as pessoas afectadas fizessem viagens internacionais, o que transformaria o problema numa pandemia mundial.

Apesar dos riscos de um cenário como o citado, o documento lembra que não existe um sistema de informação básica que vincule a Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras agências ao Conselho de Segurança da ONU ou à NATO, que poderiam ajudar na resposta.

Estados mais poderosos

O relatório indica ainda que em 2025, os Estados Unidos vão ser o país poderoso do mundo, seguindo-se a China, a União Europeia (conjunto de países) e a Índia. Japão, Rússia e Brasil também vão ocupar um lugar no pódio dos estados mais poderosos.

As maiores dificuldades dos estados em conseguir governar estão relacionadas com a previsão de que o mundo será cada vez mais multipolar e com influências externas à política.

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