segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Orçamento de Estado 2016: Uma questão de opções políticas e sociais


O Orçamento de Estado para 2016 destaca-se não por introduzir riscos acrescidos de incumprimento perante os credores internacionais, ou de apresentar défice acima do previsto, mas acima de tudo por mudar as opções políticas e sociais, favorecendo os mais pobres e a classe média, penalizando os mais ricos (em especial os donos do capital, fundos de investimento imobiliário e a banca), precisamente ao contrário das opções políticas do anterior governo, que sistematicamente esmagaram os mais pobres e empobreceram a classe média, fazendo-os perder empregos, levando milhares de empresas à falência e ao fecho e obrigando centenas de milhares de portugueses a emigrarem.

Os objectivos para o défice do saldo orçamental, no final de 2016, poderão ser cumpridos, ou não, mas isso não depende em nada desta clara opção política por defender os mais fracos. Provavelmente, os valores cobrados com os impostos serão equivalentes aos que seriam cobrados com a coligação de direita no governo. A diferença está nos contribuintes e no esforço que terão de fazer. Parece que, para variar, desta vez não serão os mesmos de sempre a pagarem a conta sozinhos.

Assim, só posso estar de acordo com as opções políticas do atual governo e apoiar as decisões de política económica agora apresentadas.

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