sexta-feira, janeiro 11, 2013

OLAE prevê crescimento do PIB de Moçambique de 9,75% em 2013.


PREVISÕES MACROECONÓMICAS DO OLAE PARA MOÇAMBIQUE – 2013

O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.

O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.

O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.

O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.

O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.

O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.

Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.

A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.


Esta continua a ser a maior preocupação do OLAE com a economia de Moçambique, pois ano após ano, apesar dos resultados apreciáveis obtidos pelo Banco de Moçambique no seu esforço para controlar a inflação, mantem-se um desequilíbrio profundo entre a cotação do Metical e o seu real valor. Este desequilíbrio tem sido possível de gerir apenas através de limitações à mobilidade internacional de capitais, no entanto o aprofundamento da integração económica de Moçambique no panorama da África Austral e das interligações com economias mais avançadas obrigará a uma revisão desta política, o que apenas poderá ser feito num contexto de controlo real da inflação. Ainda não estão reunidas condições para Moçambique permitir a livre circulação de capitais em 2013. A estratégia de “Meticalização” total da economia apenas poderá ter sucesso num contexto de controlo apertado da inflação. O risco de problemas sociais agravados está directamente ligado à pressão inflacionista em especial sobre os preços de bens de primeira necessidade, em especial nas maiores cidades, realçando-se a necessidade de evitar que a economia da região de Maputo desenvolva sintomas de “Doença Holandesa”.

A chegada de milhares de imigrantes, nomeadamente Portugueses, levará a um embaratecimento do trabalho dos técnicos qualificados na região de Maputo, mas esta tendência não conseguirá evitar o aumento dos custos unitários do trabalho qualificado nas outras regiões do país, em especial na Beira, Tete, Pemba e Nampula. No entanto, estes milhares de imigrantes contribuirão também para a aceleração do crescimento do PIB de Moçambique.

A taxa de juro real continuará elevada, prevendo-se que se situe nos 8 por cento, remunerando os capitais investidos no país de forma particularmente atractiva e estando ajustada ao crescimento económico do país e a alguma falta de liquidez que ainda se fará sentir no mercado ao longo de 2013.

Segundo o OLAE, Moçambique é um dos melhores países do mundo para realizar investimento, perspectivando-se elevadíssimas taxas de retorno dos investimentos realizados, ao longo dos próximos anos.
Se a estabilidade política não for afectada, os factores muito positivos como o bom ambiente de negócios, boa governação e existência de recursos naturais crescentemente explorados, que estão a estruturar uma nova economia altamente dinâmica em Moçambique contribuirão decisivamente para o enriquecimento do país, do seu povo e de todos os que aí invistam e trabalhem.

PREVISÕES MACROECONÓMICAS DO OLAE PARA MOÇAMBIQUE – 2013

O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.

O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.

O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.

O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.

O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.

O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.

Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.

A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.


Esta continua a ser a maior preocupação do OLAE com a economia de Moçambique, pois ano após ano, apesar dos resultados apreciáveis obtidos pelo Banco de Moçambique no seu esforço para controlar a inflação, mantem-se um desequilíbrio profundo entre a cotação do Metical e o seu real valor. Este desequilíbrio tem sido possível de gerir apenas através de limitações à mobilidade internacional de capitais, no entanto o aprofundamento da integração económica de Moçambique no panorama da África Austral e das interligações com economias mais avançadas obrigará a uma revisão desta política, o que apenas poderá ser feito num contexto de controlo real da inflação. Ainda não estão reunidas condições para Moçambique permitir a livre circulação de capitais em 2013. A estratégia de “Meticalização” total da economia apenas poderá ter sucesso num contexto de controlo apertado da inflação. O risco de problemas sociais agravados está directamente ligado à pressão inflacionista em especial sobre os preços de bens de primeira necessidade, em especial nas maiores cidades, realçando-se a necessidade de evitar que a economia da região de Maputo desenvolva sintomas de “Doença Holandesa”.

A chegada de milhares de imigrantes, nomeadamente Portugueses, levará a um embaratecimento do trabalho dos técnicos qualificados na região de Maputo, mas esta tendência não conseguirá evitar o aumento dos custos unitários do trabalho qualificado nas outras regiões do país, em especial na Beira, Tete, Pemba e Nampula. No entanto, estes milhares de imigrantes contribuirão também para a aceleração do crescimento do PIB de Moçambique.

A taxa de juro real continuará elevada, prevendo-se que se situe nos 8 por cento, remunerando os capitais investidos no país de forma particularmente atractiva e estando ajustada ao crescimento económico do país e a alguma falta de liquidez que ainda se fará sentir no mercado ao longo de 2013.

Segundo o OLAE, Moçambique é um dos melhores países do mundo para realizar investimento, perspectivando-se elevadíssimas taxas de retorno dos investimentos realizados, ao longo dos próximos anos.
Se a estabilidade política não for afectada, os factores muito positivos como o bom ambiente de negócios, boa governação e existência de recursos naturais crescentemente explorados, que estão a estruturar uma nova economia altamente dinâmica em Moçambique contribuirão decisivamente para o enriquecimento do país, do seu povo e de todos os que aí invistam e trabalhem.

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