terça-feira, agosto 03, 2010

Research BBVA: Mercados financeiros ainda são "fonte de preocupação" para a economia mundial

(Notícia do Jornal de Negócios)
A instituição presidida por Francisco González reforça o desvanecimento de tensões financeiras mas continua a assumir incertezas em relação à recuperação económica.


Segundo o “Cinco Dias”, o relatório da BBVA Research “Situación Global” sobre a situação económica mundial referente ao terceiro trimestre de 2010 assinala que “as tensões económicas começam a desvanecer-se” mas ressalva contudo a “incerteza” que ainda paira em relação aos mercados mundiais, em particular em relação ao europeu.

“Os riscos para a Europa e para a economia mundial provenientes dos mercados financeiros continuam a ser a maior fonte de preocupação”, assinala a publicação. Para a economia mundial prevê-se um crescimento de 4,4% para este ano, com ligeira desaceleração do crescimento para 4,1% para 2011, repartido de forma geograficamente “desigual”, impulsionada pelo desempenho dos países emergentes.

Francisco González, presidente do BBVA, realça a necessidade de consolidação orçamental “credível” para uma maior confiança nos mercados. E acredita que o impacto negativo da redução dos gastos devido a este esforço de consolidação será “menor do que o esperado”, já que a recuperação da credibilidade colmatará em parte os efeitos negativos da redução da procura interna.

Para a Europa, as dúvidas e tensões financeiras afectarão a confiança e o crescimento no segundo semestre de 2010 e inícios de 2011, ao passo que nos EUA a recuperação provavelmente perderá impulso com a situação nos mercados de trabalho e imobiliário. As provas de resistência levadas a cabo tiveram resultados “positivos” apesar de “assimétricos” na Europa.

O relatório aponta a “crescente divergência” entre as políticas monetárias dos diferentes países, levando os bancos centrais a atrasar a subida das taxas de juro e a manterem a taxa de referência baixa durante um período de tempo prolongado. Pressões inflacionistas continuarão “controladas”, permitindo aos bancos manter políticas monetárias “flexíveis”, defende o mesmo relatório.

O ritmo de desaceleração económica mundial está a acontecer de uma forma distinta e “suave”, com a procura privada nos EUA a permanecer ‘fraca’, sem o impulso de políticas económicas, ao passo que a China e o resto da Ásia a moderação do crescimento económico reduzirá os riscos de sobreaquecimento da economia, colmata o relatório.

Sem comentários: