Hoje não vos trago previsões macroeconómicas, nem análises ao desastre económico nacional e ao empobrecimento colectivo. Deixo-vos um texto que um antigo aluno me enviou, no âmbito de uma conversa privada, mas que merece uma leitura atenta, pela análise sentida na pele de quem vê o futuro do país comprometido, que é como quem diz o futuro da geração mais qualificada e preparada que Portugal já produziu.
“Infelizmente, concordamos ambos neste sentido. Esta sociedade não tem futuro nos moldes atuais, a curto prazo como referiu e bem, e a longo prazo, infelizmente.
Sinceramente, talvez por ser de uma geração mais nova (1980), sinto-me totalmente descrente e desmoralizado quanto a qualquer situação viável para o meu País, e a cada dia que passa procuro mais intensamente soluções profissionais fora de Portugal, na expetativa de poder trazer valor acrescentado para uma organização que, n.º1 me valorize enquanto profissional que deseja crescer e ser produtivo e n.º2 esteja consciente do valor que pode vir a extrair do meu trabalho para a própria empresa assim como para a sociedade onde se insere. Julgo que eu seja um bom exemplo do que é o sentimento geral de jovens profissionais dentro da minha faixa etária, e que me recordo do Professor dizer em variadas ocasiões: “vão, e já não voltam” (!).
Mas voltando ao futuro deste país, a 3 ou a 30 anos, concordo com a bancarrota. Concordo em assumir a responsabilidade dos erros passados e pensar um plano sustentado de crescimento para os tais 30/40 anos. Tenho é muito medo de quem o desenharia e pior ainda, dos seus executantes.
Infelizmente sabemos que não será esse o caminho, por falta de capacidades humanas a nível emocional, em fazer arder o pouco que resta da nossa casa, para voltar a construir uma nova.
Entraremos como referiu, num longo e mais prolongado definhamento. E não estaremos sós.
Continuando assim, a crise de crédito veio para ficar, na minha opinião. A falta de investimento é global (ex.: EUA têm nível de investimento público ao nível da II Guerra Mundial, pasme-se) e Portugal o que se sabe. A falta de confiança é óbvia. Acabaram os estadistas. O declínio do sector de serviços na minha opinião será igualmente prolongado. E a exportarmos gerações inteiras altamente qualificadas, o gap será cada vez maior.
E voltando à questão demográfica inicial, sinto-me enganado, sempre que vejo os impostos aumentarem, não pelos impostos em si mesmos, mas para sustentar pensões exponenciais. Quem tem 30 anos agora, sabe que descontará cada vez mais, e receberá cada vez menos. Não é muito encorajador este cenário. “
Este é um blog dedicado à análise da conjuntura macroeconómica, das políticas económicas e dos seus efeitos a curto e a longo prazo.
terça-feira, novembro 12, 2013
sexta-feira, junho 21, 2013
Brasil: Para compreender a revolta...
A professora
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, de 74 anos, é de Uberlância. Ela escreveu
uma carta para a presidente Dilma que foi entregue em mãos. Vale a pena ler. É
a voz de quem não se cala e não consente.
BRASIL CARINHOSO
Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.
Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.
Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.
É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.
Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura, bastante politizada, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil.
Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição,
enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola.
A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.
Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida d e que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação.
Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?
O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?
Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante.
Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais.
Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste.
Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.
Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.
A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.
Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina
de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa.
Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente.
Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos.
Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.
Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem
está falando.
Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso.
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado.
O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.
Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada.
Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores
de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.
A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício.
Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro,
a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.
Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político
paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.
A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais.
Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.
Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.
Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.
Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde.
O contraditório é muito saudável.
Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma?
Carinho de presidentA da república do Brasil neste Momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula,
do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino
profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.
Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária.
Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos.
Esta é a jogada. Suja.
A televisão mostra ininterruptamente imagens de Desespero social.
Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!
Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.
Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.
Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012
BRASIL CARINHOSO
Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.
Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.
Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.
É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.
Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura, bastante politizada, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil.
Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição,
enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola.
A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.
Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida d e que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação.
Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?
O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?
Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante.
Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais.
Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste.
Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.
Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.
A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.
Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina
de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa.
Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente.
Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos.
Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.
Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem
está falando.
Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso.
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado.
O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.
Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada.
Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores
de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.
A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício.
Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro,
a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.
Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político
paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.
A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais.
Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.
Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.
Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.
Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde.
O contraditório é muito saudável.
Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma?
Carinho de presidentA da república do Brasil neste Momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula,
do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino
profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.
Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária.
Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos.
Esta é a jogada. Suja.
A televisão mostra ininterruptamente imagens de Desespero social.
Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!
Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.
Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.
Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012
sexta-feira, junho 07, 2013
Keynes versus Hayek Round 2 - RAP
domingo, janeiro 27, 2013
Memória do Saque - A Crise Argentina e as Semelhanças Inquietantes com Portugal.
VII Seminário de Macroeconomia e Teoria e Modelos de Crescimento Económico
O VII Seminário de Macroeconomia e Teoria e Modelos de Crescimento Económico foi um extraordinário exemplo da qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido nestas duas discilplinas entre professores e alunos. Esta é uma metodologia vencedora, numa equipa em que dá gosto trabalhar. Não foi por acaso que a agência de avaliação e acreditação do ensino superior aprovou o curso de Economia da Universidade Lusófona, com a apreciação excelente que fez. Estamos a trabalhar bem e cada vez melhor. Este foi o ano de melhor produção, nestes sete anos desta metodologia, com uma qualidade de trabalhos digna de fazer inveja à concorrência.
sexta-feira, janeiro 11, 2013
OLAE prevê crescimento do PIB de Moçambique de 9,75% em 2013.
PREVISÕES MACROECONÓMICAS DO OLAE PARA MOÇAMBIQUE –
2013
O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.
O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.
O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.
O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.
O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.
O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.
Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.
A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.
O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.
O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.
O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.
O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.
O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.
O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.
Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.
A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.
Esta continua a ser a maior preocupação do OLAE com a economia de Moçambique, pois ano após ano, apesar dos resultados apreciáveis obtidos pelo Banco de Moçambique no seu esforço para controlar a inflação, mantem-se um desequilíbrio profundo entre a cotação do Metical e o seu real valor. Este desequilíbrio tem sido possível de gerir apenas através de limitações à mobilidade internacional de capitais, no entanto o aprofundamento da integração económica de Moçambique no panorama da África Austral e das interligações com economias mais avançadas obrigará a uma revisão desta política, o que apenas poderá ser feito num contexto de controlo real da inflação. Ainda não estão reunidas condições para Moçambique permitir a livre circulação de capitais em 2013. A estratégia de “Meticalização” total da economia apenas poderá ter sucesso num contexto de controlo apertado da inflação. O risco de problemas sociais agravados está directamente ligado à pressão inflacionista em especial sobre os preços de bens de primeira necessidade, em especial nas maiores cidades, realçando-se a necessidade de evitar que a economia da região de Maputo desenvolva sintomas de “Doença Holandesa”.
A chegada de milhares de imigrantes, nomeadamente Portugueses, levará a um embaratecimento do trabalho dos técnicos qualificados na região de Maputo, mas esta tendência não conseguirá evitar o aumento dos custos unitários do trabalho qualificado nas outras regiões do país, em especial na Beira, Tete, Pemba e Nampula. No entanto, estes milhares de imigrantes contribuirão também para a aceleração do crescimento do PIB de Moçambique.
A taxa de juro real continuará elevada, prevendo-se que se situe nos 8 por cento, remunerando os capitais investidos no país de forma particularmente atractiva e estando ajustada ao crescimento económico do país e a alguma falta de liquidez que ainda se fará sentir no mercado ao longo de 2013.
Segundo o OLAE, Moçambique é um dos melhores países do mundo para realizar investimento, perspectivando-se elevadíssimas taxas de retorno dos investimentos realizados, ao longo dos próximos anos.
Se a estabilidade política não for afectada, os factores muito positivos como o bom ambiente de negócios, boa governação e existência de recursos naturais crescentemente explorados, que estão a estruturar uma nova economia altamente dinâmica em Moçambique contribuirão decisivamente para o enriquecimento do país, do seu povo e de todos os que aí invistam e trabalhem.
PREVISÕES MACROECONÓMICAS DO OLAE PARA MOÇAMBIQUE –
2013
O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.
O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.
O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.
O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.
O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.
O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.
Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.
A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.
O Gabinete de Previsão Económica do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, Centro de Investigação e Prestação de Serviços ligado à Universidade Lusófona, divulga as suas previsões macroeconómicas para Moçambique, para o ano 2013.
O produto crescerá a uma taxa de 9,75 por cento, com aumento das exportações em 11,5% que, quase compensarão a subida das importações em 12%, o que representa um passo muito significativo para as contas externas do país, pois estão a ser dados passos gigantescos para resolver um dos maiores desequilíbrios macroeconómicos do país.
O carvão vai ser o principal responsável pela subida da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Toda a Indústria extractiva, potenciada pelo efeito da produção de carvão viverá um ano histórico de crescimento em que finalmente “levantará voo”. O gás e as areias pesadas são outras áreas em franca expansão que possibilitarão o rápido crescimento do sector charneira da economia, que arrastará tudo o resto atrás de si. Este contributo encontra um pilar sólido na banca e sector financeiro, que podem multiplicar o investimento em todos os outros sectores de suporte.
O rápido crescimento da economia Moçambicana traduz-se também na melhoria do rendimento per capita, que entre 2009 e 2013 cresce praticamente 50 por cento, o que é um dos melhores resultados à escala global.
O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14) beneficia desta conjuntura favorável e reúne condições para tornar-se num caso de estudo internacional, pela melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia, bem como a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividade agrária e pesqueira.
Por outro lado, o IDE (Investimento Directo Estrangeiro) continuará a crescer significativamente, prevendo-se um aumento em 12,5% excluindo os megaprojectos.
O investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, pois Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica da SADC (South African Development Community), sendo o PIB da África Austral actualmente nos USD 800 mil milhões reunindo mais de 300 milhões de consumidores.
Apesar deste progresso, continua a ser preocupante que as reservas internacionais líquidas, previsivelmente, revelarem-se insuficientes para cobrir 4 meses de importação de bens e serviços não factoriais, o que obrigará, que também em 2013 o Banco de Moçambique proceda a monitoria permanente dos movimentos financeiros internacionais.
A inflação situar-se-á nos 8% o que obrigará o Banco de Moçambique a uma gestão muito activa da política monetária e cambial para, evitando o ajustamento súbito do valor do Metical, controlar as tendências inflacionistas.
Esta continua a ser a maior preocupação do OLAE com a economia de Moçambique, pois ano após ano, apesar dos resultados apreciáveis obtidos pelo Banco de Moçambique no seu esforço para controlar a inflação, mantem-se um desequilíbrio profundo entre a cotação do Metical e o seu real valor. Este desequilíbrio tem sido possível de gerir apenas através de limitações à mobilidade internacional de capitais, no entanto o aprofundamento da integração económica de Moçambique no panorama da África Austral e das interligações com economias mais avançadas obrigará a uma revisão desta política, o que apenas poderá ser feito num contexto de controlo real da inflação. Ainda não estão reunidas condições para Moçambique permitir a livre circulação de capitais em 2013. A estratégia de “Meticalização” total da economia apenas poderá ter sucesso num contexto de controlo apertado da inflação. O risco de problemas sociais agravados está directamente ligado à pressão inflacionista em especial sobre os preços de bens de primeira necessidade, em especial nas maiores cidades, realçando-se a necessidade de evitar que a economia da região de Maputo desenvolva sintomas de “Doença Holandesa”.
A chegada de milhares de imigrantes, nomeadamente Portugueses, levará a um embaratecimento do trabalho dos técnicos qualificados na região de Maputo, mas esta tendência não conseguirá evitar o aumento dos custos unitários do trabalho qualificado nas outras regiões do país, em especial na Beira, Tete, Pemba e Nampula. No entanto, estes milhares de imigrantes contribuirão também para a aceleração do crescimento do PIB de Moçambique.
A taxa de juro real continuará elevada, prevendo-se que se situe nos 8 por cento, remunerando os capitais investidos no país de forma particularmente atractiva e estando ajustada ao crescimento económico do país e a alguma falta de liquidez que ainda se fará sentir no mercado ao longo de 2013.
Segundo o OLAE, Moçambique é um dos melhores países do mundo para realizar investimento, perspectivando-se elevadíssimas taxas de retorno dos investimentos realizados, ao longo dos próximos anos.
Se a estabilidade política não for afectada, os factores muito positivos como o bom ambiente de negócios, boa governação e existência de recursos naturais crescentemente explorados, que estão a estruturar uma nova economia altamente dinâmica em Moçambique contribuirão decisivamente para o enriquecimento do país, do seu povo e de todos os que aí invistam e trabalhem.
sábado, janeiro 05, 2013
Portugal 2013: O Ano do Orçamento de Estado Absolutamente Irrealista.
Inconstitucional ou não, o Orçamento de Estado para 2013 em Portugal
é uma peça do maior irrealismo e apenas funciona como um desejo, infelizmente
demasiado afastado da possibilidade de concretização, ou então é mesmo o
resultado da impreparação, incompetência, insanidade pura ou humor
extraordinário de quem o produziu.
O cenário macroeconómico que serve de base ao documento e às
contas e ao seu suposto equilíbrio fundamenta-se em previsões verdadeiramente
irrealistas. Todas as entidades credíveis que apresentaram previsões
macroeconómicas para Portugal em 2013 construíram cenários bem piores do que o
traçado no OE 2013. Vou centrar-me apenas nas previsões da instituição a que
pertenço, mas podia referir várias outras entidades nacionais e internacionais.
De acordo com as previsões macroeconómicas apresentadas pelo Gabinete de Previsão
Económica (GPE) do OLAE – Observatório Lusófono de Actividades Económicas, o
PIB Português irá contrair mais de 3 por cento em 2013. O Orçamento prevê uma
queda de 1 por cento. Mas vale a pena perceber como o governo chega a este
valor irrealista. O Consumo Privado caiu mais de 4% em 2011, mais de 5% em 2012
e agora prevê-se que caia apenas 2,2%, não se percebendo como será aparada esta
queda, quando os impostos aumentam, o desemprego aumenta, o rendimento
disponível das famílias cai a pique e o crédito está restringido. Como vão os
Portugueses consumir estes valores? Parece impossível. É impossível!
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), componente
fundamental do Investimento, caiu mais de 11 por cento em 2011, quase 15 por
cento em 2012 e agora pasme-se o governo acredita que irá cair apenas mais 4,2%.
Ridículo!
Qualquer estudante de Economia do primeiro ano da
Universidade Lusófona (e das outras universidades, acredito eu) sabe que o
Consumo e o Investimento são as variáveis mais afectadas pela evolução das
Expectativas dos Agentes Económicos. Ora alguém acredita nas expectativas
positivas dos Portugueses por estes dias? Vão consumir e investir em 2013? E nos anos seguintes?
Neste descalabro, o governo acredita, ou pelo menos colocou
isso no OE 2013 que o desemprego vai aumentar apenas cerca de 1 ponto
percentual. Pois, pois, no cenário em que o PIB quase não cai. Mas com as
previsões que temos o desemprego ultrapassará os 17,5%, na melhor das
hipóteses. Isto é, no nosso cenário “optimista”, pois arriscamos uma queda
maior.
Consequências desta situação? As contas não vão bater
certas!
Daqui a três meses já estaremos outra vez com um enorme,
desculpem COLOSSAL, BURACO NAS CONTAS. E será necessário arranjar mais receitas
em algum lado.
Pior, apenas pelo efeito da divergência do cenário
macroeconómico, estaremos condenados a ter um acréscimo do défice em mais de 4
pontos percentuais (p.p.). Explica-se este valor da seguinte forma: Cada ponto
percentual do PIB de diferença leva a uma quebra na receita fiscal de cerca de
0,4 p.p., o que se agrava quando fazemos a conta ao défice, pois não apenas
temos um numerador maior (saldo negativo), mas também temos um denominador
menor (PIB), pelo que cada quebra de 1 p.p. no PIB representa mais de 1,7 p.p.
de acréscimo no défice do OE (em percentagem). Com o cenário macroeconómico
apresentado, este efeito supera os 4 p.p. e criará mais um enorme e colossal
buraco. Conclusão: Empobrecemos para pagar as dívidas e acabamos mais
endividados do que começámos. É obra! Deve ser a este tipo de coisas que se
chama DESGOVERNO!
No fundo, uma inconstitucionalidade qualquer que permita
distrair os cidadãos e seja arma de arremesso político até serve muito bem como
bode expiatório de quem fez uma peça orçamental desfasada da realidade. Já
desconfio que o Tribunal Constitucional acabará por fornecer a desculpa ideal
para os responsáveis políticos poderem assobiar para o lado e fingirem mais uma
vez que não foi culpa deles. A ver vamos, mas lamentavelmente é este tipo de
coisas que a política do rectângulo nos habituou…
Já chega! É tempo de mudar de política e atacar a raiz do
problema. A tentar obter receitas e cobrando mais impostos até à exaustão dos
cidadãos e das empresas as contas já não se equilibram. É fundamental atacar a
despesa de uma vez por todas, senão nunca mais saímos desta armadilha. Cuidado!
Também não vamos lá com uma Política Orçamental expansionista, pois o multiplicador
desses gastos face ao Saldo orçamental é negativo e esse caminho, que alguns
políticos de alguma “Esquerda” podem querer vender aos Portugueses e embalá-los
nessa doce ilusão, apenas criará mais e mais pobreza. Temos de ir ao fundo do problema
duma vez por todas. Não é por este caminho, mas também não resolvemos o
problema com demagogia barata. Temos de construir um Estado à medida daquilo
que a nossa Economia consegue sustentar e criar condições para termos um Estado
eficiente e que ajude a vida dos cidadãos, com solidariedade, mas sem o “Monstro”.
Ou o governo muda de política (e depressa) ou teremos de
mudar de governo!
Não há mais margem para falhanços!
sexta-feira, dezembro 07, 2012
Em defesa de Medina Carreira
O nome de Medina Carreira foi manchado publicamente. A forma como se defendeu mostrou a diferença face ao que estamos habituados.
Este homem deve ter incomodado demais certos instalados...
Muitas vezes não concordo com o que diz, com razão ou sem ela, mas a forma como está a ser "calado" é podre demais.
Este homem deve ter incomodado demais certos instalados...
Muitas vezes não concordo com o que diz, com razão ou sem ela, mas a forma como está a ser "calado" é podre demais.
Segundo Marques Mendes: "O Ministro das Finanças está a gozar com o pagode".
"...tratando os Portugueses como atrasados mentais..."
Absolutamente de acordo!
Absolutamente de acordo!
domingo, dezembro 02, 2012
Sugestão de Leitura: “A Mão do Diabo” de José Rodrigues dos Santos
José Rodrigues dos Santos apresenta-nos sob a forma de
romance um verdadeiro ensaio sobre economia e em particular sobre as causas da
crise e a forma como a austeridade acontece, os seus porquês e origens “criminosas”,
numa ficção que afinal não será apenas ficção.
Extremamente interessante e consistentemente fundamentado em
conhecimento económico, em que parece ter contado com colaborações extensas de
vários economistas da nossa praça, Rodrigues dos Santos traz-nos muito mais que
um livro, é um autêntico libelo de acusação. Acusação contra todos os
responsáveis por desgraçarem as economias de Portugal, da Grécia, da Espanha e
não só. Acusação contra todos os responsáveis políticos que por omissões,
negligências e incompetências permitiram que a crise se instalasse e provocasse
tanto e tanto sofrimento humano. Acusação contra as medidas erradas que em vez
de resolverem a crise aprofundam o desastre económico.
A ler e a passar palavra!
SINOPSE Oficial:
A crise atingiu Tomás Noronha. Devido às medidas de
austeridade, o historiador é despedido da faculdade e tem de se candidatar ao
subsídio de desemprego. À porta do centro de emprego, Tomás é interpelado por
um velho amigo do liceu perseguido por desconhecidos.
O fugitivo escondeu um DVD escaldante que compromete os
responsáveis pela crise, mas para o encontrar Tomás terá de decifrar um
criptograma enigmático.
O Tribunal Penal Internacional instaurou um processo aos
autores da crise por crimes contra a humanidade. Para que este processo seja
bem-sucedido, e apesar da perseguição implacável montada por um bando de
assassinos, é imperativo que Tomás decifre o criptograma e localize o DVD com o
mais perigoso segredo do mundo.
terça-feira, novembro 13, 2012
Inevitavelmente a maior greve geral pós-25 de Abril de 1974.
O dia 14 de Novembro de 2012 registará a maior greve geral
do período após o 25 de Abril de 1974. Pessoalmente, não partilho de nenhuma
espécie de entusiasmo por greves gerais, nem por este tipo de demonstrações de
força política. No entanto, as condições económicas e sociais extremamente
gravosas para a generalidade do povo Português, potenciadas pela persecução e
insistência numa política económica absolutamente errada e altamente
destruidora de valor, criaram o caldo de cultura para a instabilidade social e
política, que pode a todo o momento degenerar colocando em causa a própria democracia.
Inevitavelmente, milhares de Portugueses que nunca fizeram greve e insuspeitos
de simpatias comunistas irão participar numa greve geral promovida pela CGTP. A
Intersindical bem pode agradecer aos erros do governo e à política de
austeridade inconsistente e que está a gerar uma crise impossível de ser
superada por esta via, os grevistas adicionais que se juntarão aos habitués das greves e manifestações.
Para a CGTP é um autêntico milagre ter um governo que lhe atira os Portugueses
para o colo.
Assim, nem vale a pena o governo dar-se ao trabalho de
entrar numa guerra de números para demonstrar que apenas 10% dos trabalhadores
fizeram greve. Mesmo que esse seja o número real de grevistas também será certo
que quase a totalidade dos restantes Portugueses estão contra o governo e contra
a política seguida. Pior, apesar dos sacrifícios, quanto mais os Portugueses se
sacrificam, maior é o défice das contas públicas porque a economia está a
desaparecer, substituída por desemprego astronómico, falências em números nunca
vistos e regresso à economia paralela. Enfim, um desastre completo que, trará
uma das maiores transferências de riqueza da nossa história económica. A classe
média irá praticamente desaparecer e a riqueza ficará muito mais concentrada
nas mãos de meia dúzia. Por outro lado, o tecido produtivo será arrasado de
forma irreversível por muitos e longos anos.
Assim, é urgente mudar a política e influenciar a Europa
para nos permitir evitar este desastre. Não será com figuras de “bom aluno” que
seremos poupados. Temos de impor as nossas condições. Outros países fizeram-no
com sucesso.
Quanto maior o sucesso da greve geral, maior a representação
desgraçada da depauperada economia nacional e da governação impreparada e
inapta que nos calhou.
Mais um dia infeliz para Portugal.
Mais um dia infeliz para Portugal.
terça-feira, novembro 06, 2012
Macroeconomicus - II Série
O Macroeconomicus mudou. Durante vários meses foi dificil atualizar o blogue e publicar opinião, estudos e promover o debate. Entretanto, o próprio Blogspot mudou a forma dos blogues e a sua organização. Com esta mudança, perdemos o grafismo anterior, mas ganhámos eficiência nas ligações e atualizações. Começamos a segunda parte deste caminho. Fica expressa a vontade de renovar este espaço com livre-pensamento e disseminação do conhecimento e da análise económica empenhada em contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas. Façamos este caminho em conjunto. Sempre.
José Paulo Oliveira
José Paulo Oliveira
OLAE - Previsões Macroeconómicas para PORTUGAL 2013: QUEBRA DO PIB SUPERIOR A 3 POR CENTO
Os principais
indicadores e conclusões são:
PIB cairá
mais de 3 por cento;
Meta do
défice do Orçamento de Estado é impossível de cumprir;
Desemprego
ultrapassará os 17,5%;
Inflação superior a 2%;
Existe um
risco acrescido de Quebra de Estrutura na Economia Portuguesa.
programa de auxílio financeiro, não se concretizaram por via de elevadas pressões sociais, como a redução da Taxa Social Única.
Em matéria da previsão da taxa de desemprego, relativamente à população activa, este deverá atingir os 17,6%, contrariamente ao valor apontado em sede de Orçamento de Estado para 2013. É expectável uma revisão em alta do número de desempregados face ao total da população activa no decorrer do ano de 2013, dada a elevada incerteza no cenário de enquadramento político-económico e, também, de um impacto mais acentuado das medidas de consolidação orçamental no tecido empresarial nacional. O crescimento dos níveis de preços em Portugal deverão manter-se alinhados com o verificado nos anos anteriores, devendo-se a inflação cifrar-se em 2013 nos 2,3%.
As previsões macroeconómicas agora apresentadas têm como base um elevadíssimo grau de incerteza, em virtude do momento excepcional em termos nacional e internacionais. Do ponto de vista interno, o ano de 2013 estará fortemente dependente do desempenho do programa de consolidação orçamental e, por conseguinte, dos objectivos orçamentais acordados. A nível internacional, as previsões macroeconómicas apresentadas para Portugal poderão ser revistas devido à desaceleração da atividade económica mundial, a uma alteração na política económica norte-americana por via das eleições em 2013 e, especialmente, pelo cenário incerto na área do Euro. Neste domínio, o GABINETE DE PREVISÃO ECONÓMICA alerta para a atual situação em outras economias onde já se implementaram programas de auxílio financeiro (Grécia e Irlanda) ou países com dificuldades crescentes de acesso a financiamento através de mercados financeiros (Espanha e Itália). O adiamento de algumas decisões preponderantes, como o caso da criação de uma União Bancária ou a compra direta de dívida pelo Banco Central Europeu, contribuem para o cenário de elevada incerteza na realização de previsões macroeconómicas.
Por fim, uma nota sumária para o facto de o GABINETE DE PREVISÃO ECONÓMICA relembrar, novamente, o imperativo de uma reflexão em torno dos modelos de previsão económica e macroeconómica. Historicamente, em períodos de uma forte contração do produto mundial, os modelos de previsão macroeconómica têm apresentado dificuldade em refletir a problemática do structural break. Urge, portanto, massa crítica neste domínio científico, com o intuito de aproximar os outputs dos modelos de previsão macroeconómica à realidade de uma quebra de estrutura nos países da área do Euro, onde vigoram programas de auxílio financeiro.
Obama outra vez. Claro!
Apesar de todos sabermos que os melhores prognósticos são os
que se fazem no fim dos jogos, estou convencido que é nas convicções que se
conhecem as pessoas. Por isso, não posso deixar de dar o meu prognóstico sobre
a eleição do presidente dos Estados Unidos da América, o, até ver, mais
importante cargo político à escala mundial.
Os dois candidatos começam por recolher os votos certos dos
Estados que lhes são fiéis. Neste particular os Democratas estão em vantagem
face aos Republicanos, pois o “chão” dos Democratas é agora maior, de há alguns
anos para cá que esta situação se inverteu, tendo os Democratas sabido reverter
a desvantagem do passado. Isto permite ganhar as eleições apenas ganhando
alguns Estados indecisos e aí penso que Obama vai de certeza ganhar. O Ohio vai
cortar qualquer esperança dos Republicanos. A administração Obama fez um
trabalho excepcional na recuperação de empregos, especialmente no cluster da
indústria automóvel e isso vai garantir-lhe a reeleição. Costuma ser assim,
quem trabalha melhor ganha (excepção feita à chapelada do ano 2000).
Portanto, o próximo presidente dos Estados Unidos da América
é: Barack Obama. No doubt about it!
terça-feira, outubro 16, 2012
segunda-feira, outubro 08, 2012
Um enorme aumento de impostos? Um erro colossal!
Há momentos em que a gravidade da situação é tal que aconselha
a uma reflexão profunda antes de qualquer reacção, ainda que o impulso do momento
não acabe por divergir da convicção. Por isso, este comentário vem com alguns
dias de atraso face ao anúncio público daquilo a que o Ministro das Finanças
chamou “um enorme aumento de impostos”.
Após o recuo do governo na medida da TSU, alicerçado na
posição do CDS sobre esta matéria, pensei que tinha ficado claro que, os
Portugueses não estavam em condições de aprofundar a austeridade e que o governo
tinha compreendido que é fundamental aliviar o esforço fiscal para evitar o
total descalabro económico.
Surpreendentemente, o governo optou por aprofundar as
medidas de austeridade, valendo-se de um ataque enorme aos rendimentos das
famílias. O resultado desta medida será uma enorme quebra no Consumo privado em
Portugal, que levará a nova contracção do PIB, levando a uma quebra adicional
no investimento das empresas e acima de tudo fará disparar o desemprego para
números impensáveis. A esmagadora maioria dos economistas conhece estas consequências.
Não ficou claro para mim, se o CDS mudou de opinião em matéria de esforço
fiscal, mas se for coerente apenas lhe resta opor-se frontalmente a tal
política. Caso contrário será tão culpado como o Ministro das Finanças e o
Primeiro-ministro que lhe continua a dar cobertura.
A economia Portuguesa está a colapsar!
Há mais de seis meses atrás comecei a alertar para o perigo
de quebra de estrutura na economia
(vide http://www.youtube.com/watch?v=XUU9-9JMZrs
), mas até agora dei sempre o benefício da dúvida aos governantes, pois
acreditei que não estavam a conseguir compreender o que estava a acontecer. Acreditei
que tinha razão antes de tempo e que quando os resultados do desempenho da
economia fossem conhecidos haveria lugar a inflexão de política para evitar o
desastre.
Os dados da execução orçamental demonstraram claramente que,
a economia real estava a ceder e os modelos macroeconómicos seguidos pelo
governo iriam falhar rotundamente. Passados estes meses, já existem dados
concretos para ninguém poder alegar a menor dúvida sobre o efeito das políticas
seguidas. Também não há a menor dúvida do efeito que as medidas agora anunciadas
terão: Vamos ficar não só mais pobres (muito mais pobres), mas também vamos acabar
ainda mais endividados do que começámos (o que é uma péssima notícia para todos
a começar pelos nossos credores).
Nesta conjuntura e sem o menor espaço para dúvida, estas
medidas são o maior erro económico que pode ser cometido pelo governo. Não há
razão nenhuma para o governo não perceber o que está a acontecer.
A economia Portuguesa está a colapsar!
Então como podemos entender o anúncio de medidas que
acelerarão a quebra de estrutura económica e o colapso? Apenas vejo uma razão
para este contra-senso de governação: Estamos a ser governados por
IMPREPARADOS. Lamentavelmente, Portugal sofre deste mal há demasiados anos. Em
tempos tão difíceis, era importante que a qualidade da governação subisse. Afinal,
estamos muito longe disso.
Pior. Percebemos agora que, o Ministro das Finanças não tem
apenas um estilo próprio a que não estávamos habituados. Mostrou ser
INCOMPETENTE. Definitivamente INCOMPETENTE! Com este homem no leme vamos ao fundo.
Não é possível atingir o equilíbrio económico em Portugal por esta via, a menos
que estejamos preparados para ter uma taxa de desemprego muito acima dos trinta
por cento. O colapso da economia significará que centenas de milhares de
Portugueses irão perder os empregos nos próximos dois anos. Este número
ultrapassará o milhão de desempregados adicionais. Note-se bem, não é passar de
um milhão (isso já não demorará, mesmo com malabarismos estatísticos), é um
milhão a mais. Este é o desastre onde a obstinação por esta política errada nos
levará.
Os nossos credores já perceberam que nós vamos rebentar. Não
é do interesse de ninguém que isso aconteça, portanto mesmo nesta situação
existe a possibilidade de negociar melhores condições, que nos permitam evitar
a quebra irreparável da economia e salvar muitas empresas que seriam viáveis e
que serão perdidas. Ainda é possível, mas o tempo escasseia. Não temos margem
para errar. Não temos margem para um erro colossal como este.
Esta política tem de ser alterada de imediato. Não há tempo
para respirar. Se este governo não for capaz de alterar profundamente a
política seguida, adequando-se à realidade da economia, será bom que o
Presidente da República tenha a coragem para resolver o assunto. No curto
prazo, eleições seriam um folclore que só nos deixaria pior. Infelizmente, a
única solução de curto prazo parece-me ser o Presidente da República assumir o
leme do país.
segunda-feira, setembro 10, 2012
Mais Austeridade...
As medidas agora anunciadas introduzem um acréscimo de austeridade para as famílias portuguesas reduzidindo o seu rendimento disponível, diminuirão a procura interna e encolherão o mercado interno em Portugal. Por outro lado, existirá um pequeno impacto positivo para as empresas, que beneficiará especialmente as grandes empresas e aumentará os lucros das mais rentáveis, mas passará quase despercebido na tesouraria das pequenas e microempresas.
Apesar de todos estes efeitos, ...
Apesar de todos estes efeitos, ...
o crónico problema da sustentabilidade da Segurança Social, que receberá um ganho líquido direto deste aumento de contribuições, não chegará a sentir melhorias, mantendo-se o gravíssimo problema atual, que tenderá a piorar significativamente ao longo dos próximos meses. Este caminho levará a um modelo de equilibrio económico em Portugal com uma população desempregada de mais um milhão de pessoas face ao que existe hoje. Com os dados atuais podemos pensar que a economia Portuguesa podia viver em equilibrio com cerca de 35 por cento de desempregados, o que social e economicamente configura um desastre de proporções ainda hoje inimagináveis.
O equilibrio das contas públicas é uma necessidade. No entanto, equilibrar as contas do Estado à custa da morte da economia Portuguesa é um erro. As políticas macroeconómicas do atual governo insistem em escolhas que esmagarão os mais fracos da sociedade portuguesa e que não têm a menor hipótese de trazer o necessário crescimento económico. A construção de uma economia de alto valor acrescentado, baseada na inovação, que permita um nível de vida elevado, é totalmente incompatível com as opções em que o atual governo insiste. É fundamental que esta rota seja corrigida urgentemente ou corremos o risco de já não irmos a tempo de evitar o colapso.
O equilibrio das contas públicas é uma necessidade. No entanto, equilibrar as contas do Estado à custa da morte da economia Portuguesa é um erro. As políticas macroeconómicas do atual governo insistem em escolhas que esmagarão os mais fracos da sociedade portuguesa e que não têm a menor hipótese de trazer o necessário crescimento económico. A construção de uma economia de alto valor acrescentado, baseada na inovação, que permita um nível de vida elevado, é totalmente incompatível com as opções em que o atual governo insiste. É fundamental que esta rota seja corrigida urgentemente ou corremos o risco de já não irmos a tempo de evitar o colapso.
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
UM LIVRO QUE PODE MUDAR PORTUGAL: "ANTÓNIO CARRAPATOSO: DESATAR O NÓ".
Comprei e li compulsivamente este livro que nos traz um verdadeiro programa político para mudar a forma insustentável como a nossa economia e a nossa sociedade funciona, sendo absolutamente revolucionário pelas propostas concretas avançadas para Portugal.
Este é um dos livros mais importantes do novo século. Raras vezes ao longo da vida encontrei um conjunto de propostas tão bem pensadas, evidentemente reflectidas e com o potencial transformador que António Carrapatoso nos oferece. Não podemos cair na armadilha do bacoco preconceito ideológico catalogador das propostas e ideias em Esquerdas e Direitas ou Progressistas e Conservadoras, capaz de rejeitar uma mudança profunda que pode tornar Portugal num país moderno, sustentável e acima de tudo que se possa constituir como um lugar de futuro para os seus cidadãos, apenas porque o seu autor está ligado a uma corrente de pensamento Liberal. Se a Esquerda defende os mais fracos e desamparados, então este é também um livro de Esquerda. Não conheço melhor maneira de defender os fracos do que criar todas as condições para os tornar fortes. Talvez alguns pensem que será obrigá-los a serem fracos e protegidos toda a vida para terem de viver da assistência do Estado e serem assim alvos fáceis de controlo político e sindicar votos...Se a Direita quer melhorar o funcionamento da economia, então este será um livro de Direita. Mas nesse caso terei de concordar com a Direita*. Não sejamos tão cegos que não queiramos ver os benefícios das medidas apontadas apenas porque vem de alguém que não pertence ao nosso "Arco Ideológico". Tenhamos a destreza mental de acolher estas propostas apenas por um motivo: Este homem tem razão!
Este é um livro fundamental para o futuro de Portugal! Como poucos o foram nas últimas décadas. Assim os Portugueses o saibam entender.
* Apesar de estar afastado da política activa há vinte anos, nunca entreguei o cartão de militante do Partido Socialista, pois acredito que existem benefícios da Política Social que o PS propõe que devem ser defendidos, mas isto nunca me impediu, nem impedirá, de pensar pela minha própria cabeça e sei perfeitamente até pelos vinte anos de trabalho duro na economia real e estudo permanente no campo académico e científico, nomeadamente no campo da Macroeconomia e da Gestão de Empresas, que a melhoria da eficiência económica, da competitividade e da produtividade da economia, criando riqueza, e sublinho CRIANDO RIQUEZA, é a única forma sustentável de melhorar a vida dos Portugueses.
Este é um dos livros mais importantes do novo século. Raras vezes ao longo da vida encontrei um conjunto de propostas tão bem pensadas, evidentemente reflectidas e com o potencial transformador que António Carrapatoso nos oferece. Não podemos cair na armadilha do bacoco preconceito ideológico catalogador das propostas e ideias em Esquerdas e Direitas ou Progressistas e Conservadoras, capaz de rejeitar uma mudança profunda que pode tornar Portugal num país moderno, sustentável e acima de tudo que se possa constituir como um lugar de futuro para os seus cidadãos, apenas porque o seu autor está ligado a uma corrente de pensamento Liberal. Se a Esquerda defende os mais fracos e desamparados, então este é também um livro de Esquerda. Não conheço melhor maneira de defender os fracos do que criar todas as condições para os tornar fortes. Talvez alguns pensem que será obrigá-los a serem fracos e protegidos toda a vida para terem de viver da assistência do Estado e serem assim alvos fáceis de controlo político e sindicar votos...Se a Direita quer melhorar o funcionamento da economia, então este será um livro de Direita. Mas nesse caso terei de concordar com a Direita*. Não sejamos tão cegos que não queiramos ver os benefícios das medidas apontadas apenas porque vem de alguém que não pertence ao nosso "Arco Ideológico". Tenhamos a destreza mental de acolher estas propostas apenas por um motivo: Este homem tem razão!
Este é um livro fundamental para o futuro de Portugal! Como poucos o foram nas últimas décadas. Assim os Portugueses o saibam entender.
* Apesar de estar afastado da política activa há vinte anos, nunca entreguei o cartão de militante do Partido Socialista, pois acredito que existem benefícios da Política Social que o PS propõe que devem ser defendidos, mas isto nunca me impediu, nem impedirá, de pensar pela minha própria cabeça e sei perfeitamente até pelos vinte anos de trabalho duro na economia real e estudo permanente no campo académico e científico, nomeadamente no campo da Macroeconomia e da Gestão de Empresas, que a melhoria da eficiência económica, da competitividade e da produtividade da economia, criando riqueza, e sublinho CRIANDO RIQUEZA, é a única forma sustentável de melhorar a vida dos Portugueses.
Subscrever:
Mensagens (Atom)